Numa fase em que a atração e retenção de talento se revela um dos grandes desafios para as empresas, é de enorme importância que estas se adaptem às tendências do mercado de trabalho. O teletrabalho, em regime híbrido ou full remote, horários flexíveis, entre outros, revelam-se cada vez mais cruciais na decisão sobre uma mudança de emprego.
O novo modelo de semana de quatro dias de trabalho é mais um benefício que dará que falar nos próximos anos, e Portugal está na linha da frente dos países que 0 estão a testar.
Com este modelo as pessoas podem ver reduzidos os seus níveis de stresse e fadiga, ganhar qualidade de vida e garantir um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Neste cenário, as empresas só têm a ganhar com colaboradores mais motivados, maior produtividade, menor absentismo e turnover, possivelmente compensando custos adicionais a incorrer com a implementação do modelo.
Se, por um lado, a maioria dos colaboradores estará disposta a adotar esta mudança de imediato, por outro, grande parte das empresas não está preparada ou a respetiva implementação será difícil de concretizar.
Este modelo de trabalho requer uma mudança de comportamentos, com elevada orientação da empresa e colaboradores para a eficiência no trabalho e para os resultados, os processos internos terão de ser otimizados e, em muitos casos, contratadas mais pessoas.
No entanto, uma mudança destas que não contemple 0 universo de colaboradores de uma empresa poderá revelar-se uma fonte de conflitos complexa de gerir.
Se as vantagens que se esperam obter com este modelo compensam estes investimentos? Caberá a cada empresa avaliar e decidir.
Há certamente um longo caminho a percorrer, mas uma coisa é certa: as empresas que conseguirem implementar com sucesso este modelo terão uma ‘arma’ poderosa na atração e retenção de talentos.
Artigo publicado pelo Jornal Expresso.