Retenção de talento é “estrutural para o país”  

Dinheiro Vivo • nov. 27, 2023

Apesar da remuneração continuar a ter um peso incontornável, os fatores ligados ao bem-estar dos profissionais e à flexibilidade dos modelos de trabalho são cada vez mais alavancas estratégicas para prevenir a fuga de recursos humanos para o exterior.

Atração e retenção, duas palavras que passaram a figurar diariamente no vocabulário de empregadores e profissionais e que nos habituámos a ouvir, muitas vezes, acompanhadas da expressão “guerra pelo talento”. Afinal, o que se passa no ecossistema empresarial português e por que razão é tão difícil manter o talento nas organizações? Para perspectivar possíveis soluções para o problema, é preciso primeiro compreender que a necessidade de reter talento é mais do que só uma questão setorial, é algo “estrutural para o país”.


Quem o diz é Vanda Brito, diretora de recursos humanos na Kelly Portugal, que aponta que a saída de diversos profissionais para fora do país, em busca de salários e condições mais atrativas, tem criado “uma pressão adicional” num mercado de trabalho por si só já em dificuldade. De facto, e apesar de cada vez mais serem valorizados outros benefícios que não os monetários, a remuneração continua a ser um dos principais fatores a considerar ao avaliar uma proposta de trabalho. Embora considere que as empresas têm de lidar com uma elevada carga fiscal “que as sobrecarrega e limita”, esta não pode ser a única questão - ou a principal que leva as organizações "a não investirem no seu capital humano”. Da mesma forma que se têm vindo a reforçar os investimentos em tecnologia, por exemplo, financiar políticas centradas na melhoria de condições de trabalho é igualmente importante. “Só assim existe coerência e sustentabilidade organizacional, se mantém a competitividade e se cria valor”, reitera a responsável.


Os elevados níveis de inflação que se fazem sentir desde o ano passado atribuíram ainda mais importância ao fator salário, com “três em cada cinco profissionais” a temer que o ordenado não seja suficiente para fazer face ao aumento do custo de vida (...).


Se no início de 2022 a felicidade no trabalho e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional eram ainda motivos “muito fortes” para permanecer numa empresa, atualmente, com a pressão inflacionista, um bom salário volta a ser “uma das principais razões” para manter ou mudar de emprego.


Apesar de transversal a todo um mercado que se afigura cada vez mais “competitivo e exigente”, a atração e consequente retenção de talento faz sentir-se de forma diferente entre as várias atividades económicas. Se, por um lado, alguns setores sofrem com a falta de competências que em Portugal “ainda não abundam” em suficiente quantidade, os setores cuja ação é mais sazonal - geralmente associados a horários de trabalho pouco apelativos, a salários baixos e a fracas oportunidades de progressão de carreira - apresentam mais dificuldades em atrair os recursos que precisam pelo período de tempo em que necessitam.


Na opinião de Vanda Brito, é preciso um investimento "proativo”, não só financeiro, mas também de planeamento de talento, uma vez que apostar no talento de que se necessita agora, mas acima de tudo “daquele que ainda vai ser preciso num futuro não tão distante”, é, de facto, incontornável. (...)



Artigo publicado pelo Jornal Dinheiro Vivo na edição de 25 de novembro de 2023. Ler na integra aqui.

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