A luta por candidatos qualificados é feroz e pode fazer com que as organizações sintam que estão constantemente a deixar escapar as competências de que precisam para atingir os seus objetivos. Num recente podcast McKinsey Talks Talent, os líderes da McKinsey Bryan Hancock e Bill Schaninger falam com a parceira associada Emily Field para questionar: "Estará o melhor talento escondido à vista de todos?”.
Mas não são só os empregadores que podem beneficiar do foco no talento interno e do seu desenvolvimento – os trabalhadores ambiciosos também podem colher os frutos de procurar oportunidades internas de aprendizagem e crescimento e obter benefícios de carreira com a escolha de funções internas. Neste artigo exploramos alguns dos principais tópicos de discussão do podcast, bem como dicas para os candidatos e empregadores pensarem numa lógica interna.
Durante a discussão, Emily falou da importância de criar um marketplace digital interno:
“Um marketplace digital de talento revela quem, dentro da sua organização, é que quer novas oportunidades – é uma questão de identificar o talento, as suas competências e a sua abertura para assumir novas funções.”
Tradicionalmente, os recursos das redes de emprego internas são limitados. As vagas não são amplamente publicitadas, e apenas os candidatos que estão ativamente à procura de uma função específica numa área específica conseguem subir. Os marketplaces digitais tornam tudo mais transparente – permitindo que os candidatos demonstrem as suas competências e capacidades e sejam indicados para as funções relevantes. Um marketplace interno bem-sucedido desbloqueia um enorme banco de talento aos responsáveis pela contratação, gerando simultaneamente visibilidade em toda a organização.
Já sabemos que alguns anúncios de emprego podem ser demasiado restritivos e deixar de fora potenciais fortes candidatos com base em critérios arbitrários. Como refere Bill no podcast:
“A questão é: Onde é que podemos mudar – mas nunca baixar – a fasquia para abrir o funil, de forma que as pessoas possam ter consciência de que as suas qualificações estão próximas daquelas exigidas para as vagas em aberto?”
Aquando da criação de um banco de talento interno, as organizações devem ponderar minuciosamente que competências são realmente necessárias para o sucesso de uma função. Também devem considerar as competências transferíveis e se têm pessoas com algumas das competências exigidas que possam “brilhar” com formação complementar.
Os benefícios para o trabalhador de ficar com um atual empregador podem ser tremendos. Emily resumiu-o bem na conversa com Bill e Bryan:
“De uma perspetiva individual, o benefício é enorme. Os trabalhadores podem ficar na organização que escolheram. Conseguem transitar para uma função com a qual já são compatíveis, ou talvez até que requeira a aprendizagem de um conjunto de competências.”
Se gosta do sítio onde trabalha e das pessoas com quem trabalha, mas também é ambicioso e motivado, pode parecer que não tem outra opção que não procurar fora da sua atual empresa. Mas nem sempre é assim. Aproveite sempre para analisar as oportunidades internas de carreira e aprendizagem – pode ser a melhor forma de acelerar a sua procura de emprego.
Dicas para os candidatos
Dicas para os empregadores
Os bancos de talento internos são muitas vezes descurados. Certifique-se de que a sua organização não está a cometer este erro. Ao desenvolver um banco de talento interno e um marketplace de talento interno robustos, todos ficam a ganhar.