Num momento em que parecem sair de todos os cantos novas plataformas de inteligência artificial (AI), começam a fazer-se ouvir novos receios, nomeadamente relacionados com o futuro do mundo do trabalho. Mais do que ceder ao receio do desconhecido e encarar estas novas tecnologias como uma ameaça, é essencial colocar o foco nas vantagens de ter uma ferramenta com potencial facilitador do dia a dia de qualquer negócio, empresa ou profissional.
Ao olhar para a AI do ponto de vista de ferramenta de gestão é fácil perceber que plataformas como as que têm surgido ultimamente podem — e devem — ser utilizadas como ferramentas de melhoria, de otimização, de maior eficácia e eficiência. Por estas e até outras razões, acreditamos que sempre que a tecnologia for colocada ao serviço da produtividade não será uma ameaça. E porquê? Porque para que essa tecnologia funcione, para que seja desenvolvida e depois implementada, serão sempre precisas pessoas.
Por outro lado, existem modelos de negócio muito diferentes, mais ou menos assentes nas novas tecnologias, e, por esta razão, a adaptabilidade é chave. O mundo está a mudar e o mundo do trabalho não é exceção. Processos como reskilling e hardskilling são fundamentais para garantir que as empresas perduram no tempo e que garantem a sua competitividade no mercado. Assim, o upskilling deve ser constante e impõe-se num momento de crescimento como aquele que vivemos. Será também cada vez mais importante começar esta especialização tecnológica na base — o ensino.
Da mesma forma que hoje fazemos coisas como vestirmo-nos todos os dias, a tecnologia vai assumir um papel de tal forma importante que estará presente no quotidiano de todos de forma natural. Deste modo, mais do que temer, há que aceitar, aprender e ensinar.
Artigo publicado pelo Jornal Expresso.