Há muitas coisas que podem ser stressantes na situação atual, desde tentar proteger os nossos entes queridos até à preocupação com os familiares e amigos que estão doentes. Mesmo as atividades quotidianas, como ir às compras ou praticar exercício físico, podem ser uma fonte de grande ansiedade. Junte a isso o facto de a maioria das pessoas sofrerem frequentemente algum nível de stress relacionado com o trabalho e fica claro que ter maiores níveis de ansiedade do que o normal é totalmente compreensível.
Em paralelo, muitos colaboradores remotos têm cada vez maior dificuldade em desligar do trabalho. Afinal, é demasiado fácil ir só enviar rapidamente uns emails depois do jantar ou tentar terminar um projeto à noite, quando não tem tantas interrupções. Além disso, pode parecer inútil tentar divertir-se, uma vez que está tudo fechado.
No entanto, se pensa assim, nunca vai conseguir desligar. E, segundo a Inc., se continuar a exigir de si longas horas de trabalho, o cérebro vai ressentir-se. Vai estar menos focado, ser menos criativo e menos capaz de desempenhar tarefas que antes faziam parte da rotina.
Infelizmente, isto culmina muitas vezes em tentativas de puxar ainda mais por si, o que, em última instância, conduz ao burnout – um estado de exaustão física e mental que pode fazê-lo sentir-se desmotivado e deprimido e influenciar seriamente o seu desempenho e a sua produtividade.
A CNBC afirma que, tal como os atletas precisam de deixar o corpo recuperar para serem mais velozes, fortes ou mais ágeis, também nós precisamos de deixar o cérebro recuperar para sermos mais criativos e produtivos. Como é que pode fazer isso?
Planeie uma “staycation”. Claro que umas férias em casa agora serão um pouco diferentes daquilo que eram antes, dado que muitos espaços de lazer estão fechados, mas, ainda assim, existem muitas coisas que pode fazer. Eis uma pequena lista de sugestões:
Na Kelly, acreditamos que todas as pessoas devem atingir o seu pleno potencial no trabalho e na vida. No cenário atual, todos os sinais apontam para este facto: precisamos de recarregar baterias para conseguirmos ser felizes e produtivos no trabalho e em casa. Por isso, não se esqueça de programar algum tempo livre para si e desligar realmente do trabalho. Só assim conseguirá voltar revigorado e pronto para mais uma jornada.
Fontes:
https://www.inc.com/minda-zetlin/why-taking-time-off-is-good-for-your-brain.html
https://www.cnbc.com/2020/04/22/why-its-still-important-to-take-days-off-work-while-in-lockdown.html
Somos um país com histórico conhecido de privilégios dados às ‘cunhas’ e círculos sociais bem planeados
Chegamos ao botão mais deteriorado dos três: o da meritocracia. Somos um país com histórico conhecido de privilégios dados às ‘cunhas’ e círculos sociais bem planeados e onde não faltam exemplos de profissões que, numa democracia, valem mais do que outras — basta pensar que um professor em final de carreira recebe tanto como um juiz no seu primeiro ano de magistratura.
Por fim, a igualdade, pilar de uma sociedade moderna e do qual não nos faltam motivos de orgulho — temos cada vez mais empresas, públicas e privadas, a fazerem-se representar equitativamente nos seus quadros operacionais e de gestão. Sobre este tema, falta-nos apenas a capacidade para estender o conceito da igualdade às pessoas com deficiência, com vista a um tecido laboral mais justo e equilibrado, mas igualmente competente.
A Kelly vai debater o elevador social português no próximo dia 5 de maio, em Lisboa. Despeço-me, convidando-vos a estar presentes.