As empresas encontram-se hoje num processo acelerado e contínuo de adaptação para se manterem competitivas. Com a massificação da inteligência artificial (IA) e a capacidade de integração destas ferramentas nos sistemas das empresas, certos trabalhos que hoje são feitos por pessoas, serão aos poucos substituídos por avatares 100% digitais, possibilitando a total integração entre os assistentes pessoais dos nossos smartphones com e estes sistemas IA. A inteligência artificial aos poucos vai assumir funções cognitivas cada vez mais complexas.
A colaboração entre humanos e máquinas será mais comum. A pessoas precisarão de aprender a trabalhar em conjunto com os sistemas avançados de IA e os robôs, de forma a complementar as suas habilidades.
Outras profissões terão como estes assistentes como parceiros, usando a inteligência artificial de forma a melhorarem os seus diagnósticos, análises e ações. Assim, ganha-se uma maior precisão e velocidade, sobrando, desta forma, espaço para dar enfâse às habilidades sociais e humanas (tais como a empatia, a criatividade, a inteligência emocional e a liderança) – aspetos que ganharão destaque, já que são difíceis de serem simuladas por máquinas.
Uma outra grande mudança será a desmaterialização do local de trabalho. Com a redução do papel e do correio físico nas empresas, muito do trabalho acaba por poder ser feito em qualquer sítio.
Resumindo, o mercado de trabalho dos próximos 10 anos apresentar-se-á com um cenário dinâmico e desafiador. Aqueles que estiverem dispostos a adaptar-se e a investir em skills mais humanas e sociais estarão melhor posicionados para aproveitar as oportunidades geradas pelas novas tecnologias.
Artigo Publicado pelo Jornal Económico.