A COVID-19 veio aumentar rápida e exponencialmente o valor comercial dos contact centers. O serviço ao cliente deixou de ser visto como uma mera resolução de problemas de serviço menores – está hoje em dia a tornar-se uma tábua de salvação fundamental para 33 milhões de clientes assolados pela pandemia. Os clientes estão a deparar-se com dificuldades inesperadas e precisam de um atendimento mais empático.
O serviço digital ao cliente vai aumentar em 40%, impulsionado por uma maior compra online, pelos serviços financeiros e pela saúde à distância. Alguns retalhistas e bancos estão a criar posições híbridas de loja/contact center. O encerramento das instalações físicas afetou muitos trabalhadores. No entanto, os vendedores de lojas e caixas de banco têm as qualificações necessárias para prestar o mesmo atendimento online que já prestavam anteriormente em regime presencial.
As empresas que durante muitos anos usaram as mesmas estratégias reativas de atendimento de contact center estão agora a adotar uma abordagem mais proativa. 80% dos gestores de contact centers querem transitar de uma abordagem reativa para uma abordagem proativa, que consiga antecipar-se às questões e problemas mais recorrentes dos clientes antes da sua ocorrência. As organizações de maior dimensão têm 50% maior probabilidade de concretizar essa transição, pela enorme possibilidade de escala que ela oferece.
Apesar dos desafios da pandemia, as expectativas dos clientes estão mais altas do que nunca. Mas, embora 75% dos gestores de contact centers concordem que as expectativas dos clientes em relação às suas equipas estão a aumentar, apenas menos de metade têm a certeza de que estão realmente a corresponder a essas expectativas. Os gestores deverão encarar esta questão como uma iniciativa prioritária para as suas equipas.
Uma sondagem recente da Gartner revela que 48% dos colaboradores provavelmente trabalharão remotamente pelo menos parte do tempo depois da COVID-19, contra apenas 30% antes. E 16% dos empregadores usam mais frequentemente tecnologias para monitorizar os trabalhadores por métodos como o relógio de ponto virtual. Alguns controlam o envolvimento e o bem-estar dos trabalhadores para compreender melhor a experiência do trabalhador.
De acordo com o Indeed, os trabalhadores remotos têm tendência para tirar menos dias de baixa por doença, provavelmente pela sua menor exposição. Cerca de 50% dos trabalhadores remotos afirmam que trabalhar a partir de casa reduziu o número de dias de baixa por doença, e 56% afirmam que reduziu o número de faltas ao trabalho. O FlexJobs refere ainda que os trabalhadores sem acesso ao trabalho flexível ou remoto têm quase o dobro da probabilidade de apresentarem uma saúde mental má ou muito má.