Em primeiro lugar, depende muito do setor em que você trabalha. Alguns setores, como a ciência, a medicina, as finanças e o setor público, podem ser menos tolerantes com as pessoas que não se encaixam nos “moldes” da aparência estabelecidos. Por outro lado, as indústrias da tecnologia, áreas criativas e artísticas são muito mais tolerantes e aceitam com bons olhos o estilo individual dos seus profissionais como forma de expressão do seu lado criativo e diferente.
Temos assistido a mudanças nas atitudes culturais em torno de alguns aspectos da aparência, como as tatuagens, que se tornaram muito mais populares nos últimos anos. Embora ainda existam diferenças geracionais – algumas pessoas mais velhas veem piercings, cabelos coloridos e tatuagens visíveis como algo provocante – em última análise, a aparência externa tem pouco impacto na forma como o profissional desempenha as suas funções. As empresas internacionais tendem a ter uma visão mais ampla quando se trata da aparência no trabalho, embora nem sempre seja esse o caso. Você também poderá ter uma opinião diferente, dependendo se o trabalho é externo ou interno e se há considerações a nível de saúde e segurança em torno de elementos como piercings ou cabelos compridos.
Outra consideração importante em torno do lookism é a igualdade e a inclusão. As empresas querem criar culturas onde os pontos de vista de todos sejam representados e discriminar as pessoas com base na aparência externa impossibilita a criação de uma cultura totalmente inclusiva.
Então, como pode avaliar as pessoas no trabalho? Possui critérios claros e simples – KPIs, benchmarks, etc? Skills e ajuste cultural? Ou já julgou alguém com base apenas na sua aparência? Para si, uma pessoa com cabelo azul e piercings pode liderar um grande projeto ou representar uma função de chefia?
A cultura tradicional de fato e gravata está a desaparecer em todo o mundo e com ela, esperamos, alguns dos preconceitos que temos sobre como as pessoas devem se apresentar no trabalho. Afinal, por que o lookism deve impedir que pessoas ou organizações alcancem grandes coisas?