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Um país demasiado qualificado

Pedro Lacerda, CEO Kelly Services Portugal & Benelux

Pedro Lacerda Kelly Services Dinheiro Vivo Cópia

U​m estudo do Ministério da Economia, divulgado esta semana, revelou que temos cada vez mais portugueses com "qualificações a mais" para os cargos que ocupam. Porquê? Porque as empresas não acompanharam a educação. Nós somos um país de consumo, muito assente no setor de serviços e com grande parte da população laboral com pós-55 anos. A partir do momento que estes profissionais começam a ser substituídos por pessoas mais jovens, na sua generalidade mais qualificadas, obviamente que começamos a ter um deficit educacional de sobredotação no mercado.

Isto cria vários problemas: rotação nas empresas, pessoas insatisfeitas por serem mal pagas para o nível de educação que têm e desmotivadas por fazerem não o trabalho que gostam, mas sim o trabalho que lhes dá o rendimento para pagar as despesas. Isto vai gerando um efeito bola de neve que só tem solução em planos bem estruturados de longo prazo.

O problema não é só das empresas. As empresas têm uma responsabilidade de criar planos de investimento, em ter as suas áreas de desenvolvimento e investigação, em ser inovadoras e empreendedoras, e tudo isto cria novos projetos, investimentos e linhas de negócio que atraem profissionais mais especializados e mais competentes. Só que isto não é suficiente para a dimensão do problema. Há uma segunda variável que é a oferta do ensino em Portugal ser muito mais comercial e muito menos de necessidade de país. Devíamos olhar para as necessidades reais do país e, em função disso, apostar em cursos mais técnicos. Precisamos de cursos mais direcionados à área energética e industrial e até agrícola. Com a nossa costa tão vasta e tão rica, as nossas áreas agrícolas e de pesca têm um potencial brutal e foram completamente abandonadas nos últimos 20 anos.

Falta, também, investimento para a criação e apoio a empresas que requerem mão-de-obra mais qualificada. O facto de sermos um país dependente do setor terciário significa que não houve um plano pensado e bem estruturado para requalificar e reorganizar os setores primário e secundário, que são áreas chave. Portugal tem duas marcas com várias fábricas do setor automóvel. Devíamos ter não duas, mas oito! Porquê? Porque somos muito bons naquilo que fazemos. Não somente quem produz a carroçaria dos carros, mas também todos os fornecedores e parceiros a produzir as peças para estes automóveis, reconhecidos internacionalmente com diversos prémios.

Somos um país que produz automóveis da melhor qualidade, com pessoas extremamente qualificadas. É preciso replicar esta aposta no setor energético e na re-industrialização de áreas do nosso território que estão claramente deixadas ao abandono e que precisam, urgentemente, de revitalização económica. Tudo isto, em conjunto, vai fazer com que o país seja mais competitivo, que consegue integrar muito mais pessoas que estudam durante vários anos e que se vão sentir integradas no mercado, bem remuneradas e totalmente motivadas. Assim evitamos realidades como a emigração.

Do ponto de vista dos recrutadores, esta realidade das qualificações é mais premente na área da engenharia, tecnologias da informação. São duas áreas onde tanto existe uma escassez de profissionais qualificados como muitos trabalhadores licenciados a ganharem salário mínimo. Se olharmos ao custo de vida das grandes cidades portuguesas, obviamente que um salário de 665 euros não permite uma qualidade de vida suficiente. E isto sente-se sobretudo no nosso principal setor: o dos serviços. É um setor que maioritariamente é gerido com uma massa salarial muito baixa, que obriga a um equilíbrio estrutural de Estado que tem que ter várias partes obrigadas a dialogar e a criar um plano estratégico que seja chave.

Sou apoiante do plano de António Costa, que acredito ser um plano bem feito e estruturado, com pontos cruciais para a afirmação ou de Portugal nos próximos vinte anos, ou para a perceção de Portugal como um país da periferia da Europa. E isso vai necessitar da mobilização do interesse nacional. Sobre esse ponto, sou muito cético porque não vejo uma união política no país capaz de o fazer. Na gestão do pós-Covid, vamos ter os fundos comunitários de recuperação económica para gerir e, com isso, uma oportunidade tremenda para conseguir relançar Portugal. Mas, para isso, é necessário definir, de forma muito objetiva, quais são as prioridades práticas do país.

Para mim existem duas necessidades que são imediatas e que podem ajudar a inverter a tendência da sobrequalificação. Primeiro: aceleração e transição digital de Portugal, não somente com a requalificação digital da sua sociedade, mas também das empresas. Segundo: a atração e criação de investimento principalmente no setor secundário e primário. Estes são setores chave para a economia portuguesa para nos conseguirmos afirmar e para que este problema seja revertido de vez.

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